O marmeleiro mágico

 

 

 

 

 

Cena 001 – A plantação

Frederico

-Vou plantar estas sementes, que encontrei.

 

Maria

-Encontraste isso, onde?

 

Frederico

-No caminho da escola, para casa.

 

Maria

-Não é melhor mostrar o teu pai? Sempre percebe mais do que nós.

 

Frederico

-Não vai acontecer nada. Talvez dê um marmeleiro ou uma árvore de fruto qualquer, ainda fazemos negócio com isto.

 

Maria

-Tu e os negócios.

 

Cena 002- O intrometido

 

Timóteo

-Olá. Então? O que andam a fazer?

 

Frederico

-Andamos a plantar.

 

Timóteo gozando
-E sabem o que andam a plantar?

 

Maria Irritada

-Marmelos, claro!

 

Timóteo

-Eu se fosse a vocês tinha cuidado.

 

Maria

-Porquê?

 

Timóteo a rir-se

-Não se dê caso, de serem mágicos.

 

Frederico

-Que disparate. Isto vai dar é um bom dinheiro, depois de vendido.

 

Maria

-Como é que sabes?

 

Frederico

-O meu avô dizia que, esta terra é muito fértil, pega tudo.

 

 

 

Cena 003- Aparece o pai de Frederico e fica desconfiado

 

 

Joel

-Afinal, o que é que andam a fazer?

 

Timóteo a gozar

-A plantar marmelos mágicos.

 

Joel

-Só espero que, não me arranjem problemas.

 

Frederico

Só queremos ir à Disneylândia e se der até, podemos abrir una fábrica.

 

Joel a coçar o queixo pensativo

-Uma fábrica, não digo mas uma lojinha on-line, até me parece uma boa ideia, talvez pudéssemos plantar outros frutos e fazer doces caseiros.

 

Frederico

-E se formos contar à mãe? Ela vai gostar da ideia de certeza.

Mais tarde

Maria

-O que andam a tramar?

 

Frederico

-Encontramos umas sementes que podem ser mágicas.

 

Joel

-Mágicas ou não, se correr bem, podemos fazer marmelada e vender.

 

Maria

-Acham que, já tenho pouco, que fazer?

 

Joel
-Não te preocupes, se correr bem abrimos uma loja e procuramos alguém, para vender e ajudar-te na fabricação.

 

Maria desconfiada

-Pois sim, estou para ver onde nos vai levar tanto, disparate junto. Marmeleiro mágico. Era só, o que me faltava.

 

 

 

Cena 004-Visão assustadora

 

 

Na manhã seguinte

Frederico

-Hoje, o sol está preguiçoso.

 

Maria

-É estranho, o meteorologista deu  bom tempo e um dia solhareiro.

 

Ao abrir a porta, Joel para espantado.

 

-Mas, que raio é isto?

Frederico entusiasmado

-É  o marmeleiro mágico!

Joel a coçar a cabeça

-Mas, que grande sarilho.

 

Maria admirada com tanta algazarra

-Afinal, o que é que se passa?

 

Frederico

-Já temos matéria-prima, para iniciar o negócio.

 

 

Cena 005- Negócio à vista ou não

 

 

 

Um mês depois

Maria

-Bem parece, que, a marmelada está a correr bem.

 

Frederico

-Podemos começar, a vender aos vizinhos. Que tal, a 10 €?

 

Maria

-Deixa o preço, com  o teu pai.

 

Joel

– 50 cêntimos será suficiente.

 

Frederico impaciente

-Assim, nunca mais junto para, a viagem à Disneylândia.

 

Joel

-Nunca ouviste dizer “grão a grão enche a galinha o papo” ?

 

 Frederico

-Mas pai, isso vai levar imenso tempo.

 

Maria

-Porque é que não te ocupas a estudar ou então….

 

Frederico tendo uma ideia genial

-Visitas pagas! É isso, posso convidar os meus colegas, para virem ver o marmeleiro.

 

Joel pensativo

-Não me parece nada, má ideia. Mas, só, quando não tiveres testes ou nas férias.

 

Maria

-Excelente ideia.

 

 

Cena 006- Visitas guiadas

 

 

Frederico entusiasmado

-Vejam o cartaz, que fiz, para pôr na entrada.

 

Timóteo 

-Ora, ora. O que andas tu a tramar?

 

Frederico

-Vamos tirar proveito do marmeleiro gigante.

 

Timóteo

-Ai sim? E como diz me lá?

Frederico

-Vamos fazer marmelada, para vender e fazer visitas guiadas.

 

Timóteo espantado

-Visitas guiadas?  Mas, quem é que, quer pagar para ver um estúpido marmeleiro gigante?

 

Joel intervindo

-Exatamente, por isso.

 

Frederico

-Até podes ajudar, a divulgar o projeto. O que achas?

 

Timóteo pensando no que poderá lucrar

-E dividimos os lucros, entre todos?

Joel

-Claro, que sim! Somos 4 sócios, tu e nós os três.

 

Sim, porque a Maria é que tem o trabalho todo.

 

Timóteo admirado

-A tua  mãe é que faz a marmelada toda, sozinha?

 

Frederico

-Pois é e ela, já reclamou por isso.

 

Cena 007- Publicidade

 

 

 

Joel

-Tenho  aqui,  um pedaço de madeira retangular podemos escrever com tinta, “Visitas Guiadas ao Marmeleiro Mágico”, a 20 €.

 

O que acham?

Maria

-Cada pessoa, claro!

 

Joel

-E 10€ para os grupos de alunos.

Frederico radiante e pulando de alegria

-As visitas vão ser um sucesso.

 

Timóteo

-Também posso ir, com vocês à Disneyland?

 

Frederico

-claro! Vai ser buè fixe.

 

Maria

-Se a tua mãe concordar.

 

Cena 008- O invasor

 

Joel

-Temos um problema.

 

Frederico

-Que problema? Está tudo a correr tão bem.

 

Joel

-Não, não está. O marmeleiro está a ser atacado, por uma praga…

 

Frederico

-De gafanhotos.

Joel

-Não, é outro inseto qualquer.

 

Frederico

-Usamos inseticida.

 

Joel

-Isso pode afetar os marmelos e prejudicar a saúde.

 

Cena 009- Solução radical

 

Maria

–Porque é que, não cortam o marmeleiro, pela raíz?

 

Frederico aflito

-Não, isso não.

 

Joel

-Talvez, não seja mal pensado. Se é mágico, não deve haver problema em voltar a crescer.

 

Frederico encostando-se ao marmeleiro

-Não, ninguém toca na minha árvore.

 

Joel zangado

-Para de fazer birra, já és crescido.

 

Maria

-Não vamos arrancar a raiz, só vamos cortar os ramos doentes, para voltarem a nascer saudáveis.

 

 Joel pensando em pedir ajuda

-O melhor é contratar um jardineiro.

 

Maria suspirando

-À sim,, se não, ainda matas o raio do marmeleiro, de vez.

 

Cena 010- Assistência especializada

 

 

 

Pedro

-Bom dia. Ouvi  dizer, que precisavam de um jardineiro com urgência?

 

Frederico impaciente

-Sim. Sim, é o meu marmeleiro está doente e se ele morre lá se vai a viagem à Disney.

 

Pedro sem perceber nada

-Mas, o que é que o marmeleiro tem a ver com ir a Paris?

 

Joel irritado

-Nós montamos um negócio caseiro, a contar com o marmeleiro e com algum lucro íamos realizar o sonho do nosso filho.

 

Isto, se o negócio corresse bem, claro.

 

Maria

-Mas, o raio do marmeleiro foi atacado, por uma praga qualquer e começou a secar.

 

Pedro

-Vou tentar salvar o vosso marmeleiro.

 

Joel

-Nós fazemos uma agricultura, o mais, biológica, possível.

Pedro

-Bem, se não querem inseticidas vou ligar ao meu primo Telmo.

 

Ele tem uma empresa de desinfestação e talvez faça um preço mais simpático.

 

 

Cena 011- Solução natural

 

 

 

Empregado

-Boa tarde, somos os exterminadores de qualquer praga.

Nenhum inseto ou verme, nos resiste.

 

Joel

-Opimo.  É que o meu negócio depende da vossa eficácia e também o sonho do meu filho.

 

Empregado

-Pode tratar-me por Lucas. Então, qual é o sonho do menino?

 

Joel

-É ir à Disneylândia, mas para isso preciso que, o negócio cresça.

 

Frederico

-O que vai fazer à minha árvore? Não a vai matar, poi não?

 

Lucas

-Claro, que não! Na verdade, vou matar os parasitas, que, a atacaram.

Frederico

-Como é que, vai fazer isso?

 

Lucas

-Vou aplicar fungicida de cobre, cortar galhos mortos e limpar o solo, perto do marmeleiro. Espero que resulte.

 

Frederico

-Depois, ele volta a dar marmelos grandes e suculentas, para as compotas. Vendemos tudo e vamos viajar.

 

Lucas coçando a cabeça

-Pois, claro. Todos vão sair a ganhar.

 

Joel

-E se fosses fazer os tpcs? Talvez ganhasses um + na caderneta e se passares o ano, quem sabe, não tens uma boa surpresa.

 

Fim 

Todos os direitos reservados